Enfrentado a Ansiedade AGORA!

A ansiedade é uma reação emocional a situações de risco. Caracteriza-se normalmente por um sentimento desagradável de tensão, nervosismo e perturbações físicas. A ansiedade é a resposta natural e instantânea ao medo e, portanto, não pode ser classificada como irrealista ou realista, porque é emocional. A ansiedade é ativada quando percebemos ou imaginamos uma situação ameaçadora.

O medo é um julgamento de que há um perigo real ou potencial em determinada circunstância: surge com a percepção de um risco, ou seja, a possível ocorrência de algo danoso. Por ser normalmente percebido como um perigo, involuntário e, em parte, incontrolável, o risco naturalmente provoca o medo. Uma pessoa sente medo quando se aproxima do perigo ou se imagina lá; portanto, o medo pode aumentar diante de fatores que não estão presentes, mas que poderão ocorrer no futuro. Assim, o medo pode ser: realista, explicável por premissas lógicas e razoáveis e por observação objetiva; ou irrealista, baseado em falsas premissas e imaginações contrárias à observação. Por definição, imaginações são irrealistas: derivam de crenças falsas sobre a realidade e, normalmente, são fruto de informações incorretas, incompletas ou inadequadas. Por se tratar de uma avaliação mental de estímulos ameaçadores, o medo é um processo cognitivo, e não uma reação emocional.

 Por mais estranho que isso possa parecer de início, o fato é que em boa parte do tempo conseguimos o que esperamos da vida. Se você organizar as coisas de maneira positiva na sua mente, estará ajudando a si mesmo a obter um resultado positivo. Se as organizar de maneira negativa, é bem possível que acabe atraindo o que teme. Muitas pessoas que parecem achar que seus piores temores sempre se realizam, provavelmente passam a maior parte do tempo pensando de modo assustador sobre o que mais temem.

 Usar a imaginação positivamente pode ajudar a melhorar seu desempenho em quase todas as áreas de sua vida. Visualize a situação da maneira mais realista possível. Uma pergunta que faço com frequência a meus clientes que sofrem de Transtorno da Ansiedade é se os problemas que eles estão relatando e sentindo são imaginários ou reais. A princípio, as pessoas têm dificuldade de distinguir os problemas imaginários dos problemas reais. No meu artigo “Ansiedade, Acabe com Ela antes que Ela Acabe com Você”, publicado em agosto de 2010 no meu blog janelasdocoracao.com  e também no jornal BB, explico a diferença entre os dois. 

É imprescindível aprender a distinguir os problemas reais dos problemas imaginários,  esta é uma ferramenta eficaz para lidar com medos e ansiedades que desequilibram os indivíduos. 

Agora, como sei se meus problemas são reais ou imaginários?

Seus problemas são baseados em fatos e/ou evidências? Esta deve ser a primeira pergunta a se fazer quando o nível de ansiedade se elevar.

Saiba que você pode sim aguentar o pior. Para enfrentar a ansiedade e o medo, pode ser de grande valia fazer a si mesmo as seguintes perguntas:

1. Qual seria a pior consequência disso?

2.Quão provável é que o pior aconteça? 

Uma expectativa irrealista que causa muita angústia no mundo é a que devemos fazer tudo de modo perfeito. O mais importante não é o que as pessoas pensam de você, mas o que você pensa de si mesmo. Você nunca vencerá se procurar a aprovação de todos ao seu redor.  Ao encarar a ansiedade e o medo de forma racional fará com que, frequentemente, eles se mostrem bem menos terríveis do que você imagina. Ajuda muito colocar as coisas em perspectiva.

Não existe varinha mágica de condão; tudo depende de como você decide e escolhe encarar seus desafios e dificuldades. Enfrentar um transtorno de ansiedade muitas vezes pode ser uma experiência solitária e isolada pelo fato de muitas pessoas não terem conhecimento sobre o que está se passando com elas. Mas você não está só, é um entre vários.

Busque ajuda profissional. Quanto mais cedo se procura ajuda, mais cedo se diagnostica e se trata o problema. A atitude firme do paciente em querer melhorar é fundamental para o sucesso da terapia.  Quanto à duração do processo psicoterapêutico deve-se dizer que não há um tempo certo para finalizar um tratamento. Cada caso tem suas características próprias, assim como cada pessoa tem um ritmo único e pessoal para lidar com sua subjetividade.

Procurar ajuda psicológica é sinal de coragem e maturidade. É a oportunidade que você se dá para encarar seus problemas e as dificuldades causadoras de sua infelicidade e sofrimento, no intuito de aprender a melhor maneira de lidar com elas, se fortalecer, desenvolver seus potenciais e se autoconhecer.

Você merece uma vida gratificante e feliz!

Dra Claudia Martins

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